23/05/2013

Santana Castilho no Económico Tv: da greve dos professores


O Professor Santana Castilho foi ontem o convidado do programa Assembleia Geral, no ETv - canal 16. Podem ainda vê-lo via 'gravações automáticas' , até à próxima 4ª feira.

Foram vários os assuntos abordados, nomeadamente o refutar do sacrossanto argumento de que haverá professores a mais..

Registo aqui (enquanto não está disponível o vídeo) parte das declarações de Santana Castilho, no caso as que se prendem mais directamente com a anunciada greve dos professores às avaliações e ao exame nacional de Português (12º ano), no dia 17 de Junho.
(foram feitas pequenas adaptações do discurso oral para registo escrito)

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-- sobre a hipótese de requisição civil para prestação de "serviços mínimos" e artigo de Maria de Lurdes Rodrigues:

«O ministro Nuno Crato não tem feito outra coisa que não seja prosseguir aquilo que de pior herdou do consulado de Maria de Lurdes Rodrigues, que, aliás, já o veio aconselhar neste aperto em que agora vai entrar - refiro-me à greve dos professores - já o veio aconselhar, ignorante das alterações legais que entretanto aconteceram, a socorrer-se de um despacho de 2005 que invalidou (bom, não invalidou, porque entretanto os professores titubearam...) uma greve que esteve prevista aos exames.

A senhora (MLR) (...) esqueceu-se de ver que a lei entretanto foi mudada (...) 
Os funcionários públicos no geral e os professores em particular são alvo de autêntico terrorismo social, mas o país ainda não está propriamente em 'regime de excepção', embora muitas das medidas dêem a entender isso. E, portanto, há leis! 
Está vigente a lei que define o que são 'serviços mínimos', que define o que é uma 'requisição civil' e quando é que pode ser feita. Nessa lei eu não vejo (...) nenhuma hipótese de o governo invalidar um direito que é um direito constitucional - ainda é um direito constitucional! - se a memória não me falha, o artigo 57 da Constituição da República, que diz que a greve é um direito dos portugueses.
Tudo aquilo de que se tem falado -- aliás o ministro (Nuno Crato) já disse que não ia permitir que os alunos fossem prejudicados -- tudo o que tem sido feito, em minha leitura, é para colocar obstáculos à adesão dos professores à greve.
Penso que os professores têm estado adormecidos .. Espero que, desta vez, acordem e que, com a responsabilidade social que têm, e com a responsabilidade ética acrescida que têm, dêem um exemplo ao país, dizendo que nem tudo é possível. Que há um momento em que, de facto, temos que parar, temos que inverter, porque o 25 de Abril, todas as aquisições civilizacionais conseguidas neste país não são para retroceder desta maneira bárbara que estamos a presenciar actualmente.
(...)
Entendamo-nos: conhece alguma greve que seja 'simpática'? (...)
É evidente que uma greve aos exames tem um impacto maior. Os exames não são nada que não se possa resolver noutra altura. É óbvio que é um incómodo para as famílias e para os alunos..
Toda a política e toda a acção do Ministério da Educação, designadamente do ministro Nuno Crato e deste governo tem prejudicado muitíssimo mais os alunos portugueses, as crianças portuguesas e as famílias portuguesas, do que a greve que os professores pretendem fazer.
É preciso que os portugueses percebam, que os pais percebam e que os cidadãos percebam que, das políticas deste governo, o que está a resultar é claramente a criação de uma escola para ricos e de uma escola para pobres. Uma escola-mínima para pobres e uma outra escola que possa ser paga pelos ricos.»

-- A escola para pobres será a Escola Pública?

« É a escola que já temos aí. Há dois ou três dias, uma colega minha do ensino superior falou comigo, perfeitamente esmagada pelo acontecimento: um aluno dela tinha desmaiado com fome - no ensino superior! Isto aconteceu numa escola pública!
Nós temos casos constantes de crianças (isso é do domínio geral!) que apenas na escola têm uma refeição.
Nós tivemos uma diminuição drástica de todo o tipo de serviços que eram prestados para ajudar aqueles alunos que têm condições socio-económicas mais débeis. Tudo isso está a desaparecer.
As necessidades educativas especiais, hoje em dia, são uma sombra daquilo que eram há meia dúzia de anos..
Esta autêntica escravatura que se propõe para os professores vai obviamente reflectir-se na qualidade do ensino, no tratamento que é dispensado às crianças.
Portanto, este, sendo aparentemente um problema dos professores, é um problema dos pais, é um problema dos alunos, é um problema do cidadão que tenha consciência cívica.
Nós não caímos ainda numa república onde tudo é válido, tudo se pode fazer porque dois senhores basicamente, Passos Coelho e Vítor Gaspar, entendem que os portugueses estão depois da reverência à troika, à senhora Merkel e, enfim, aos senhores do dinheiro, aos grandes ditadores de Passos Coelho.
(...)

Há um problema na Europa... Tenho consciência - todos temos consciência - de que o problema do país é um problema de índole económica, de falta de crescimento; é um problema que não se consegue resolver sem que as coisas na Europa mudem também. 
Agora, quando as questões, aqui, começam a pôr-se ao nível dos mínimos éticos, dos mínimos morais, então alguma coisa tem que acontecer! E eu espero que esta acção dos professores sirva para despertar consciências, porque nós precisamos de despertar a consciência dos portugueses.
É evidente que aqueles que sofrem este quadro de despedimento, aqueles que não têm dinheiro para dar de comer aos filhos, esses não precisam de ser despertados. Infelizmente, não são esses que têm instrumentos para levar a que estes governantes mudem de política e percebam que, antes de prestar vassalagem ao poder do dinheiro, têm que servir os portugueses. É esta a questão que se coloca. »
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22/05/2013

A falta de senso dos defensores do consenso

Público, 22 de Maio de 2013

Santana Castilho*

A falta de senso dos defensores do consenso


Diariamente, grandes e pequenas coisas, afinal aquilo de que é feita a vida, desfilam em alardes de falta de senso, mesmo quando os seus intérpretes, por inerência dos cargos que ocupam, dele nunca devessem prescindir. O país não está só em recessão e depressão. Parece gerido a partir de uma nave de loucos. 

1. Em nome do consenso, Cavaco Silva criticou Paulo Portas por falar e expor, em público, a fragilidade da coligação moribunda. Mas não se coibiu, ele próprio, de defender, em público, o que Portas disse. Que a senhora de Fátima (segundo ele provável responsável pela conclusão da sétima avaliação) lhe ilumine o senso comum, já que os “cidadões” (novo presidencial plural) recusam consensos sabujos. 

2. Não é de senso comum ou sequer mínimo que se trata quando se ouve, como ouvimos, o primeiro-ministro afirmar, naquele jeito característico de estadista de Massamá, que os cortes apresentados ao eurogrupo não se aplicam à generalidade dos cidadãos mas, tão-só, aos reformados e funcionários públicos. A questão é de siso. Não o tem, de todo, quem teima em dividir os portugueses em subespécies: os espoliáveis, sem direito a pio, e a “generalidade”, salva e agradecida. 

3. Alguém dotado de senso mínimo acreditará que a pantomina da linha vermelha não seja a expressão combinada da total falta de senso de governantes empenhados em aterrorizar todos para aplicar a alguns as últimas patifarias do poder? Seria sensato Passos Coelho anunciar, a 3 de Maio, uma taxa sobre as pensões, sem que Paulo Portas o soubesse, ou que o primeiro ignorasse a fanfarronice que o segundo iria proferir, a 5, e engolir uma semana depois? Escrevi “patifarias do poder” e dou aqui por soletrada a expressão, para que resulte claro que pesei o que escrevi. Ou alguém de senso acha inadequado o qualificativo para designar o modelo anunciado de fuzilamento moral de funcionários públicos? 

4. O país não ensandecido assistiu, atónito, à leviana falta de senso de alguns deputados. “Os Verdes”, sem passarem os olhos pelos programas de ensino, propuseram resolver o que há décadas está resolvido, isto é, o estudo da Constituição da República Portuguesa no contexto de várias disciplinas curriculares, designadamente História e História e Geografia. Fernando Negrão, magistrado, deputado e cumulativamente presidente da Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, tudo isto, pasme-se, defendeu que os nossos alunos não devem ter qualquer contacto com a Constituição vigente. Porque ele, a coberto da sua beca e imunidade parlamentar, a decretou “datada” e senhora de uma “carga ideológica muito forte”. Nuno Crato implodiu a área da Formação Cívica. Fernando Negrão quer banir o ensino da Constituição. Compreendemos porquê. Basta seguir a conduta protofascista de Passos e Gaspar. Os direitos humanos, os direitos sociais, os direitos culturais, as liberdades e as garantias, que resistiram às revisões de 1982 e 1989, são insuportáveis para quem governa em regime de excepção encapotada. 

5. Mal foi anunciada a greve dos professores, surgiram, cândidos, dois discursos: o dos que a condicionam a não perturbar a tranquilidade do chá das cinco e o dos que só militam na solução que nunca é proposta. Aos primeiros, é curioso vê-los invocar o direito de uns, com as botas cardadas calcando os direitos dos outros. Aos segundos, repito o que em tempos aqui escrevi: os professores sabem, têm a obrigação de saber, que todo o poder só se constrói sobre o consentimento dos que obedecem. Quando vos tocarem à porta, não se queixem! 

Trinta alunos por turma, 300 alunos por professor, mais horas de trabalho lectivo, mais horas de trabalho não lectivo, menor salário, carreiras e progressões congeladas vai para 7 anos, obrigatoriedade de deslocação a expensas próprias entre escolas do mesmo agrupamento, exercício coercivo a centenas de quilómetros da residência e da família, desmotivação continuada e espectro do desemprego generalizado, são realidades que afectam os professores, em exclusivo? Não afectam os alunos? Não importam aos pais? Ao futuro colectivo? 

A diminuição do financiamento dos serviços de acção social escolar, quando o desemprego dos portugueses dispara e a fome volta às nossas crianças, bem como a remoção sistemática, serviço após serviço, das respostas antes existentes para necessidades educativas especiais, é problema corporativo dos professores ou razão para que a comunidade civilizada se mobilize? A drástica diminuição dos funcionários auxiliares e administrativos, a redução das horas de apoio individualizado aos alunos, o aumento do preço dos manuais e dos passes e a deslocação coerciva de crianças de tenra idade para giga agrupamentos são problemas exclusivos dos professores? 

* Professor do ensino superior (s.castilho@netcabo.pt)


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(re)ponho-o aqui, pq não consigo ver os comentários no blogue, nem sequer um sítio para deixar comentários, por muitas configurações que tente .. :( 
recebido via e-mail:
Luís Sérgio deixou um novo comentário na sua mensagem "A falta de senso dos defensores do consenso":

Mais uma excelente crónica. Bem-haja, professor pela defesa pública de uma classe em extinção e que tarda em acordar.
Como depreendo das suas palavras, aos professores resta lutar antes que seja tarde. É preciso urgentemente unir todos os democratas e patriotas deste país (protectorado) para corrermos de vez com este governo fascista. Antes que seja tarde ... cumpramos o nosso dever.
Abraço solidário,
Luís Sérgio

outros comentários, retirados da página facebook do Professor Santana Castilho:


Mário Jorge O Professor Santana Castilho está sempre a avisar-nos, mas parece que a maioria dos docentes está à espera que os outros façam aquilo que temos de ser nós a fazer; lutar pelos nossos justos direitos para não permitirmos que hipotequem o futuro da Educação em Portugal.

Manuel Aleixo Como partilhar estes dois gritos de alerta? Como fazer para estar ao lado da gente espoliada do ensino, numa mesma trincheira, na luta contra a outra gente que se apoderou do poder e nos humilha, anunciando a terra queimada? Amigo Santana Castilho, profeta e voz incomoda, comanda essas hostes desorientadas. Sê tu o timoneiro, porque és a voz da Razão. Os meus netos hão-de abraçar-te, agradecer-te. Eles olham para esse grito lancinante do jovem grego e sentem-se um igual, sem futuro. 

Amélia Santos Rosa Bravo, Professor Santana Castilho, um dos maiores sabedores do nosso tempo, que tem da educação uma visão lúcida, coerente, diversificada, não só livresca como vivida. Ele avisa há muito tempo. É preciso acordar e gritar bem alto basta! Unidos, professores, pais. alunos. a comunidade em geral.
Pensem nas nossas crianças e esses loucos e senis que nos governam. Desapareçam de vez! O teu artigo está femomenal Leiam com atenção, meditem,ajam! Obrigada professor, obrigada amigo!
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Luís Sérgio Rolão Mendes Bem haja professor, pela sua coragem e lucidez na defesa pública dos professores. É verdade que os docentes tardam em acordar, mas não podem hesitar muito, se não será tarde demais. Precisamos de nos unir todos, todos os democratas e patriotas deste país para correr com este governo de loucos fascistas.

08/05/2013

Marques Mendes errou grosseiramente na SIC

no Público,
8 de Maio de 2013

por Santana Castilho *

Marques Mendes referiu-se à situação dos professores portugueses, no sábado passado, durante o programa de análise política que mantém na SIC. Fê-lo com ligeireza. Evidenciou desconhecimento. Adulterou a verdade. Os erros em que incorreu serviriam para validar a tese oficial de que temos professores a mais e legitimariam os despedimentos futuros, se não fossem corrigidos. Marques Mendes apresentou três gráficos. O primeiro mostrava a evolução do número total de alunos, de 1980 a 2010. O segundo fazia o mesmo exercício, circunscrito aos alunos do 1º ciclo do ensino básico, para concluir que, entre 1980 e 2010, perdemos 51% desses alunos. E o terceiro gráfico dizia-nos que, no mesmo período, isto é, de 1980 a 2010, o número de professores tinha crescido 53%. Para que dúvidas não restassem, Marques Mendes colocou, lado a lado no écran, o 2º e o 3º gráficos e foi claro nas explicações acessórias: o crescimento dos professores fez-se em contraciclo; os governos anteriores falharam, fazendo crescer os professores à taxa de 53%, enquanto os alunos diminuíam à taxa de 51%. Só que, quando comparamos o incomparável, corremos o risco de passar de pavão a espanador. Marques Mendes, ao dizer na SIC, como disse, que os professores cresceram 53%, passando de 95.400 em 1980, para 146.200 em 2010, usou o número de professores respeitantes a todo o sistema escolar não superior (1º. 2º e 3º ciclos do ensino básico, mais o ensino secundário). Como é evidente para qualquer, Marques Mendes só poderia relacionar o decréscimo dos alunos do 1º ciclo com a evolução do número de professores do 1º ciclo. E o que aconteceu a esse universo de professores? Cresceu 53% como disse o descuidado comentador? Coisíssima nenhuma! Em 1980 tínhamos 39.926. Em 2010 eram 31.293. Não cresceram na disparatada percentagem com que Marques Mendes enganou o auditório da SIC. Outrossim, registou-se uma diminuição de 8.633 professores. 

Dir-se-á, removido o disparate, que a diminuição de professores não foi proporcional ao decréscimo de alunos, no ciclo de estudos em análise. Outra coisa não seria de esperar, considerando as alterações curriculares introduzidas nos 30 anos em apreço. Cito, a mero título de exemplo, a escola a tempo inteiro, que aumentou drasticamente a permanência dos alunos na escola, a introdução do Inglês no ensino básico, as actividades de enriquecimento curricular, as múltiplas modalidades de apoio a alunos carenciados, a diminuição das reprovações e a forte redução do abandono escolar. Se extrapolarmos estas considerações para o ensino secundário, não pode ser ignorado o novo regime da escolaridade obrigatória de 12 anos nem, tão-pouco, a circunstância de o número de professores que Marques Mendes situa em 2010 (146.200) ser hoje, em 2013, bem mais baixo: 111.704 (uma redução, de 2010 para 2013, de 34.496 docentes). Que isto não caiba na folha de Excel de Gaspar, que não acerta uma, já não surpreende. Que seja menosprezado pela insensibilidade e demagogia de Passos Coelho, cuja palavra vale nada, já é normal. Que tenha passado ao lado do rigor que se esperaria de quem ajuda a formar a opinião pública, no momento em que os funcionários públicos, em geral, e os professores, em particular, estão condenados a carregar a albarda pesada da incompetência do Governo, é intolerável. É péssimo serviço público. É serviço sujo. 

A diminuição da natalidade está muito longe de explicar a brutal redução do número de professores. O erro grosseiro de Marques Mendes ajudou a branquear o impacto de sucessivas medidas, cujo intuito se centrou, exclusivamente, em ganhos financeiros, a saber: encerramento de milhares de escolas, com a deslocação compulsiva de vastas populações de crianças de tenra idade e a correlata criação de criminosos giga-agrupamentos, inéditos no mundo civilizado; redução dos tempos lectivos de algumas disciplinas e abolição de outras; aumento do número de alunos por turma; aumento da carga horária dos professores; drástica redução das iniciativas de segunda oportunidade para os que abandonaram precocemente o sistema formal de ensino; e transferência para o Instituto de Emprego e Formação Profissional de valências que, antes, pertenciam às escolas públicas. Como se não tivéssemos 3.500.000 cidadãos, com mais de 15 anos, sem qualquer diploma ou apenas com a certificação do ensino básico. Como se não tivéssemos 1.500.000 cidadãos, entre os 25 e os 44 anos, que não concluíram o ensino secundário. Como se fosse possível crescer economicamente travando, sem critério nem visão, um esforço de 30 anos. Os 30 anos que Marques Mendes mal centrou na desfocada fotografia que revelou na SIC. 

Marques Mendes não citou as suas fontes. As minhas foram: D.R., DGEEC/MEC, Pordata, “50 Anos de Estatísticas de Educação”- GEPE e INE. 

* Professor do ensino superior (s.castilho.@netcabo.pt) 

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comentários retirados da pg. facebook do Professor Santana Castilho:

Ricardo Gonçalves Partilhei porque é importante desintoxicar a sociedade destas acções de propaganda ao pior nível.
Maria Manuela Henriques Excelente !...
Sá Gouveia Que alguém ponha os pontos nos ii. Obrigado.
Ilídio Trindade Uma vez mais... soberbo!
Graciete Teixeira Marques Mendes é um Boy PSD e com uma visão muito desfocada da realidade - provavelmente intencionalmente - o problema não é a taxa de natalidade, o problema é a ideia de assassínio da escola pública, presente na cabeça deste governo. Não há professores a mais, nem alunos a menos, há sim, cada vez mais, escola a menos, graças às políticas faraónicas destrutivas de um ministro da educação que parece perceber apenas de números e não de escola ou educação. Este ministro da educação só serve para uma coisa: contar rebanhos.
Ernesto Costa Este triste sobrevivente da política portuguesa diz coisas que agradam a tolos (ou ignorantes cratinos) e procura confundir quaisquer princípios de explicação racional das coisas. Marques Mendes, "o coment(d)a-dor", faz-nos lembrar a Lenda Justiça de Fafe (sec.XVIII) de um certo marquês, que depois de insultar um tal visconde de Moreira Rei (Marques Mendes insulta os professores!), se viu obrigado a enfrentá-lo num duelo. Este como ofendido escolheu como armas, dois resistentes varapaus! Como o marquês (tal como Marques Mendes), não sabia manejar tais armas (tal como Marques Mendes e os seus três gráficos!), acabou por levar uma grande sova!... Viva a Justiça de Fafe! 
Bem haja, Professor Santana Castilho, por denunciar o tão péssimo serviço público que Marques Mendes presta ao País! "É sujo, sujo, sujinho!".
Luis Garcia Bom exemplo de como os comentadores criam uma espécie de opinião única assente na mentira. A capacidade reprodutiva da televisão é muito maior que esta excelente e honesta desconstrução da mentira, ainda que publicada num jornal de grande tiragem e amplamente partilhada aqui no Facebook.

Maria Emília Pires Haja alguém que se digne informar corretamente, baseando-se em factos comprovados. Apenas posso expressar os meus agradecimentos e divulgar.

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