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. 5 de Julho, Santana Castilho na TVI 24,
programa "Política mesmo":
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. SC: «Não há nenhuma razão para haver um estado de graça, porque, repito, um partido político que tenha responsabilidades políticas deve ter reflexão sobre as pastas sob sua responsabilidade. E portanto, eu não aceito que se chegue ao governo necessitando de tempo para pensar as coisas. Devia chegar-se a um governo - e essa é a responsabilidade de um partido político! - não é apenas gastar o dinheiro dos contribuintes em campanhas eleitorais!, é, durante o tempo em que não é governo, produzir reflexão para, no dia a seguir a ser governo, intervir e começar a agir! E, antes disso, devia dizer aos portugueses o que é que ia fazer!!
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SC: - «Se os professores fossem de facto uma corporação,não lhes tinha acontecido aquilo que lhes aconteceu nestes últimos anos: com carreiras congeladas, com vencimentos diminuídos, com cargas absolutamente de escravatura em trabalho em escolas, enfim, têm sido 'pau para toda a obra', têm servido de bombo de uma festa, de um ataque despudorado ao funcionalismo público e aos professores que é completamente injusto»
- «O meu entendimento é de que os professores, maioritariamente, querem a suspensão de um modelo de avaliação que é, como o dr. Passos Coelho disse, 'kafkiano'! E é, de facto, kafkiano. Se os portugueses soubessem o que é que aquilo contém e como aquilo de facto adulterou completamente a cultura das escolas ..» ... «Andamos há anos a dizer as coisas .... Se, de facto, o primeiro ministro achou que aquele era um modelo kafkiano, absolutamente inaceitável, ninguém percebe que o mantenha com o pretexto de aparecer outro! ... Porque outro modelo que tenha que aparecer - e era isso que estava nos princípios (em 'O Ensino Passado a Limpo') - tem que envolver os professores, não pode ser imposto de cima. As pessoas deviam ter aprendido, nestes últimos anos ... e basta ver a literatura de referência sobre estas matérias: nenhum modelo de avaliação de desempenho funciona se ele de facto não envolver as pessoas a quem vai ser aplicado!»
- (...) «A 'maior exigência' e o 'maior rigor' não se anunciam, exercem-se, aplicam-se. E portanto eu estou cansado de ouvir dizer "o que eu vou fazer ", e depois vejo que não se faz aquilo que se disse. (...) »
- «E volto a insistir nisto: não aceito, de facto, que se chegue a um ministério da Educação sem saber exactamente o que se vai fazer. Volto a dizer: todas as medidas deviam estar pensadas, todos os planos de acção deviam começar a ser executados no dia a seguir a chegar-se ao ministério. E era perfeitamente possível fazer-se isso! Então na avaliação de desempenho, se há matéria onde há reflexão produzida e onde toda a gente sabe o que cada um dos parceiros sociais pensa, é na avaliação dos professores!» (...)
- «Relativamente à Educação, estou de facto, altamente desiludido, tinha de facto outra expectativa - expectativa legítima de quem teve o privilégio de falar com o actual primeiro ministro sobre estes problemas e de quem ouviu aquilo que foi público .. o próprio prefácio (de 'O Ensino Passado a Limpo', assinado por Passos Coelho) - e esse livro assume-se perfeitamente, é um programa de governo, é um conjunto de intervenções políticas na Educação .. Esse livro não nasceu por acaso. Esse livro nasceu com uma intenção política. Esse livro nasceu no dia 6 de Abril numa reunião com o dr. Pedro Passos Coelho, e portanto é natural que esteja de facto desiludido, porque aquilo que não existe, mas aquilo que está consubstanciado no programa do governo não tem nada que ver com o livro de que fala. (...) Obviamente, se me empenhei naquilo e se aquilo que lá está não tem que ver com isto (o programa do governo para a Educação) só posso estar desiludido relativamente a isto!
--------- ver mais: http://www.tvi24.iol.pt/politica/passos-coelho-santana-castilho-educacao-politica-mesmo-tvi24/1264861-4072.html
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um vídeo mais antigo: SC sobre a avaliação de desempenho docente:
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